Nu Pogodi
Alguém mais assistiu a esse ótimo desenho russo quando era criança?
Os episódios 4, 5 e 8 são os meus preferidos.
O tempo de cada um
Em seus 26 anos de vida já tinha se apaixonado duas vezes, ambas sem sucesso. Hoje, quando ia começar a consumir a cadeia montanhosa com sua colher, se apaixonou pela terceira vez. A garota que lhe arrebatou se sentava a duas mesas de distância e comia somente um pouquinho de salada. No mesmo instante, o jovem se encheu de energia e tomou a decisão de mudar de vida, de emagrecer e quem sabe assim ter alguma chance com o sexo oposto.
Largou o prato e saiu rapidamente do restaurante. Quem sabe iria comprar uma flor para a menina ou talvez procurar uma academia nas proximidades.
De repente parou. Teve um infarto fulminante. Infelizmente já era muito tarde para ele.
Liberdade?
Corpo que nos obriga incessantemente a alimentá-lo, dando-nos como recompensa uma breve sensação de saciedade.
Este mesmo corpo nos obriga indefinidamente a buscar satisfação sexual, dando-nos uma recompensa um pouco maior no fim, caso atinjamos seu objetivo.
Somos como ratinhos de experiência que recebem seu pedaço de queijo ao final dos testes, pelo trabalho bem feito.
Somos servos de nossa existência. Obrigados a existir, existir numa busca inexorável de comida e procriação.
Petulância
Pai: – Filho, tem um cara querendo falar contigo. Um carioca, malandro.
Eu: – Alô?
Telechato: – Seu Peterr?
Eu: – Sim...
Telechato: Seuuu Peeeterrr!!
Eu: – ...
Telechato: Pois é seu Peterr, estou aqui...
Eu: – É “webmarketing”?
Telechato: É...
Eu: – Então não quero, tchau.
Telechato: Pô, seu Peterr, não vai deixarr eu nem apresentarr o produto?
Eu: – Não, obrigado!
Desligo e caio rapidamente no sono, quando, logo depois, meu pai volta:
Pai: – É o carioca de novo!
Eu: – Alô?!
Telechato: Seu Peeterr! Não é webmarketing não! É telemarketing! Deixe-me apresentar meu maravilhoso produto...
Militância
Bad Javali®

Temos para este pessoal, quase sem concorrência, produtos da marca Bad Boy. Observando isto, a equipe do leiaesteblog (eu!), resolveu investir neste nicho de mercado pouco explorado e criar um concorrente à altura da Boy, a Bad Javali Inc.®
Com uma linha de produtos que vai desde camisetas apertadas até aparatos de surf (com a Bad Java Wet Suits®), passando por uma linha infantil para as criancinhas saradas (Bad Javalizito Rasteiro®)
Interessados em participar da sociedade para a abertura desta empresa, por favor, entrem em contato. Grato.
Pythagoras Switch
Aberturas de um programa infantil japonês da rede NHK. Muito legal, sendo imitado na entrada do antigo Rá-Tim-Bum da TVE e numa recente propaganda da Honda.
Antepassados
Só no Brasil
Talvez a mensagem de um de seus eleitores possa esclarecer melhor as coisas:
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comtato
presivo ter um contato com vc. clodovil, nos adimiramos muito vc, quero ser um voluntario para porder ajudalo na sua campanha, entre nos em contato com nos
obrigado
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Já que é época de eleições
Se algum dos candidatos apresentasse uma proposta parecida ganharia na hora o meu voto.
O dom e a vagabunda
Assanhada, era seu apelido junto às amigas mais íntimas. Em seus dezenove anos de vida (e que vida!) tinha mais experiência do que muita senhora de cinqüenta. Nada para ela era novidade. No marasmo diário sem originalidades acabou por conhecer Nélson. O Rodrigues. Aonde ia o levava embaixo do braço. Ali sim encontrava coisas diferentes. Decidiu que ia ser dama. A dama do ônibus.
Blog fantasma
Os textos aqui apresentados não passam de medianos. Triste.
Definitivamente, meu futuro é o funcionalismo público, tendo a renda incrementada com vendas pela internet.
Amor pós-moderno
“Teclamos” por uma semana e não agüentávamos mais de tanta vontade de um pelo outro. Assim, um encontro foi marcado. Sugeri à minha princesa que a gente se encontrasse na entrada de em um dos restaurantes mais chiques da cidade, o Des Couche. Como bom cavalheiro, cheguei antes, flores compradas. Estava vestido exatamente como havia descrito para ela, pois desta maneira facilitaria nosso primeiro contato real: camiseta do Batman, calça capri e meu lindo sapato bicolor.
Quinze minutos esperando na fria entrada já eram demais. Prometi para mim mesmo que só esperaria até a próxima mulher chegar, fosse ela meu amor ou não. Mais dois ansiosos minutos e lá vem alguém. Era ela? Meus olhos não conseguiam desviar de tal figura. Logo que adentrou o restaurante reparei em seus sapatos que pareciam querer imitar uma onça selvagem, com um salto tamanho quinze e unhas berrantemente vermelhas. Suas pernas eram revestidas de uma seda colorada, provavelmente para combinar com suas garras crescidas. Um cinto ouro cintilante completava o conjunto dos membros inferiores. Acima, além de sua mini-blusa verde decotada e colada ao corpo, uma echarpe rosa emplumada pendia de seu pescoço. Um sem-número de maquiagem modelava seu rosto e tinha a boca adornada com um batom cor “rubro infernal”. Plásticas eram totalmente perceptíveis num rosto puxado como couro a curtir. Seu cabelo descolorido completava o conjunto.
- Olá. Senhor gostosãododance25?
- Sim... Senhorita gatamanhosa37?
- Encantada. Oh! Grata pelas belas flores. Vamos?
- Depois da senhora...
Talvez eu seja mesmo bizarro como meus amigos dizem. Mas quem se importa? A partir daquele dia tudo para nós se tornou real, não éramos mais apenas amantes cibernéticos. Para completar, no próximo dia 25 vamos nos casar. No religioso, no civil e no virtual.
Curioso
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Você não odeia?
- Com quem eu falo?
CACETE! O que interessa com quem ela fala? Só quero a droga do meu problema resolvido, não vou me sentir lisonjeado se me chamarem pelo nome.
Meio a contragosto responde:
- Peter...
- Ok, senhor Peter, qual o seu problema?
FALA SÉRIO! Já te disse qual é o meu problema, não vou repetir!
Resignado, atende ao pedido da moça, sabe que a pergunta faz parte da merda do "procedimento padrão". Repete tudo aquilo que já havia contado e aguarda uma resposta definitiva para suas dúvidas:
- Senhor, desculpe, qual o seu nome mesmo?
Bandido com classe
Sexo à primeira vista
“Jesus!”, foi a única coisa que pensei assim que entramos de mãos dadas no quarto. Talvez teria sido mais adequado ter pensando “Capeta!” ou mesmo “Cão Danado!”. Não, não digo isso devido à futura relação sexual que provavelmente iríamos ter, te digo isso por causa da aparência e da atmosfera daquele fétido local. Alice era o nome da escolhida, ou melhor, daquela que havia me escolhido. Admito, era uma festa meio louca, com gente louca, bebidas loucas, drogas loucas, como era nessa festa de costume. E não minto, meu amigo, gostava muito desse tipo de noite, apesar de fazer o estilo “certinho” (sim, sou daqueles que têm o péssimo hábito de fazer aspas com as mãos): camiseta pólo, calça lee, tenisinho da moda. Desde que meu parceiro que estuda engenharia me convidou para ir lá, nunca perdi nenhuma. Gostava de ser diferente: me diferenciava dos playboys da minha classe porque ia neste tipo de “rock” (gíria de nossa amiga capixaba para festa); era diferente dos undergrounds do local porque me comportava e me vestia de maneira distinta dos tipos de lá.
Então, resumindo, estava eu lá bem locão num canto qualquer, escuro como todos os outros, só curtindo um som amplificado na mente pelo THC e pelo álcool. Ela chegou, baixa, cabelos e olhos bem negros, pele pálida, camiseta, saia e coturno preto. Bem bonitinha até. E safada também: chegou com tudo, mal me disse um “oi” sensual no ouvido (encostando com a pontinha da língua bem no fundo dele) e já foi me grudando na boca e atolando no bumbum! E não é que eu seja dos mais bonitos, tu bem sabe, mas tem aqueles dias que a gente, por alguma razão, tem algo de especial. Talvez sejam os hormônios, período fértil ou algo do tipo. Pois é parceiro, te contei tudo isso só pra tu ter uma idéia de onde a tal guria veio e visualizar melhor o tal do aposento sinistro (além de me exibir um pouquinho, é claro).
Sonatine
Salad Fingers
Esses publicitários...
Perto da rodoviária tem um outdoor com anúncio de motosserra da Stihl. Temos ali o logo da empresa, o preço (que baixou de 1000 e tantos para 700 e poucos), uma foto de motosserra e a bela mensagem de venda: "A ferramenta certa nas suas horas de lazer".
