Chegou em casa e antes mesmo de abrir a porta já estava ansioso à procura de seu amigo. Um amigo um tanto quanto desleal, nunca estava no mesmo lugar quando ele voltava do trabalho. Seus olhos varreram toda a imensidão da sala vazia, vazia como todos os outros aposentos da casa, e uma angustia tomou-lhe conta. Reparou a janela entreaberta assim que um vento gélido lhe derramou algumas lágrimas. Será que ele me abandonou? Mediu apressadamente o tamanho da abertura da janela e deliberou que decididamente não. Apressado, correu por toda casa adentrando todos os aposentos e loucamente clamando por seu companheiro. Desesperado, dirigiu-se à última peça que ainda não havia ansiosamente vasculhado. E, feliz, sorriu ao ver seu amigo, ali, junto ao teto. O amigo lhe sorriu também, como de costume, mas desta vez, para ele, o sorriso pareceu mais radiante. Puxou-o pela corda e dirigiram-se à sala. Ele agradeceu: Obrigado.
O amigo
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